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“A LBV me deu visão de futuro”

Conheça a história da jovem Isabella Geraldo dos Santos, que foi acolhida pela LBV e tornou-se protagonista no mercado de trabalho.

Foi difícil marcar um horário para conversar com a jovem Isabella Geraldo dos Santos, de 20 anos. Não porque ela não quisesse falar com nossa equipe, mas porque, apesar da pouca idade, já tem grandes responsabilidades, inclusive na divisão de despesas da casa.

Na agenda corrida, está o estágio da faculdade, na parte da manhã, o trabalho, à tarde, e o curso de Educação Física, à noite. Ainda menina, perdeu os pais, um quando estava com 9 anos e o outro com 11, e foi adotada por uma tia paterna, que se tornou sua mãe de coração. Compreendeu com a vida que é preciso cair e levantar, seguir em frente, mesmo diante dos desafios.

Leila Marco

    

Ela relembra com carinho que, ao entrar no programa Aprendiz da Boa Vontade, em 2019, na capital paulista, aprendeu de tudo um pouco:

“Saber lidar com as diferenças, a LBV me ensinou muito isso e a ser mais sociável. Foi importante para me dar mais responsabilidade, porque tinha atividades para fazer, horário para acordar, enfim, entender como é trabalhar de verdade”.

Na LBV, aprendeu até mesmo a lidar melhor com o sentimento de perda dos genitores. “No programa, a gente discute muito sobre o socioemocional, o controle de nossas emoções, e isso ajuda de verdade. Eu ficava refletindo depois da aula. Era meio impaciente, mas, depois que você aprende a lidar com as próprias emoções, a pensar antes de agir, passa a ter mais calma”, ressalta.

Prestes a se formar, no fim de 2022, Isabella faz planos para devolver à sociedade o que recebeu na LBV.

A LBV me deu visão de futuro e meu primeiro emprego. Eu entrei uma pessoa e saí outra, o programa oferece a chance para amadurecer se você souber aproveitar. Desde que comecei a vir aqui, a ver o trabalho social que a LBV faz, passei a ter outra visão. Conhecer os programas para idosos e gestantes foi muito bom; eu não tinha noção de que tantas famílias precisavam [de apoio]. Hoje, penso em fazer uma pós-graduação para inserir crianças com autismo e síndrome de Down na Educação Física.”

Acolhimento e protagonismo

Leila Marco

   

Para a psicóloga Giovanna Barreto Lucchesi, colaboradora na mesma unidade da LBV na capital paulis­ta, é fácil compreender por que a grande maioria dos participantes do serviço se sente tão acolhida.

“A equipe toda gosta muito dos jovens; não temos aqui aquele discurso que adolescente é chato, é isso ou aquilo. Sempre tentamos olhar os dois lados, porque o jovem está em formação, é um sujeito em desenvolvimento, que está encontrando a sua identidade. Fora a ansiedade e os medos da vida adulta. E, quando estão perdidos, a gente tenta direcioná-los, procura saber tudo que é importante para eles, o que gostam, equalizando isso com o programa de aprendizagem.”

“É muito bonito de ver, porque na pandemia, com uma crise financeira atingindo as famílias, a maioria dos nossos jovens foi atrás de emprego para ajudar dentro de casa, cerca de 60% deles”, finaliza.

Este depoimento foi publicado originalmente na revista BOA VONTADE nº 269, de março de 2022. Para ler outros conteúdos desta edição, clique aqui.

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