“Quando vejo no lixo um pacote com comida, trago para casa”
O Brasil voltou ao Mapa da Fome e a LBV intensificou seu trabalho para amparar pessoas que convivem com algum grau de insegurança alimentar.
A frase que dá título a esse post é de Luciana Santana de Lima* — guarde esse nome, tá? — e exemplifica a triste realidade de muitas famílias brasileiras.

O Brasil voltou ao Mapa da Fome e, segundo pesquisa da Rede Penssan, mais de 116 milhões de pessoas convivem com algum grau de insegurança alimentar. Desses, 43,3 milhões não tinham alimentos suficientes e 19 milhões passavam fome.

E é diante desse cenário que a SUA DOAÇÃO se torna ainda mais importante.
Graças a você, a LBV intensificou sua atuação humanitária e está percorrendo, desde o início da pandemia, zonas rurais, comunidades quilombolas, aldeias indígenas, assentamentos e favelas para prestar um necessário apoio a essas populações, que integram minorias étnicas e sociais e são mais afetadas pelo novo coronavírus.
LBV na pandemia: socorro às famílias de baixa renda

(Foto:Ana Paula Ferreira)
E nessas andanças solidárias pelo Brasil, a nossa equipe cruzou o caminho de Luciana...

Essa aguerrida mulher mora na comunidade Marcos Dionísio, no bairro Planalto, zona oeste de Natal/RN e, assim como outros moradores da região, depende da coleta de materiais recicláveis e de programas sociais do governo para sobreviver.
"Não estamos na rua porque queremos, mas a necessidade obriga a gente. Eu coleto garrafas PET, latinhas, papelão [para vender e, com o dinheiro, dou o que comer aos meus filhos”, comenta.
Além da fome, Luciana enfrenta, assim como outros lares da comunidade chefiados por mulheres, o desemprego e a falta de calçamento nas ruas e de saneamento básico. As casas são precárias, muitas feitas simplesmente de lonas e madeiras.
“Antes de vir pra cá, eu morava na Favela do Fio. Vim, porque a dificuldade está muito grande para pagar o aluguel. Estamos aqui eu e meus dois filhos. Muitos nos criticam por estar na rua catando material, mas é o único meio de ganharmos o nosso dinheirinho”, comentou.
Acostumada a se sentir invisível ao andar pelas ruas de Natal, à procura do sustento, Luciana se deparou com o poder transformador da solidariedade.

Graças à sua ajuda, ela recebeu, da LBV, uma cesta de alimentos não perecíveis, um kit de limpeza e de higiene, além de litros de leite e peixe. A ajuda veio no momento certo.
“Quando encontro no lixo um pacote com comida fechado, trago para casa. Tem muita gente que prefere jogar fora do que doar. (...) Às vezes, até mistura congelada já trouxe para casa. O que vejo que serve para mim estou pegando. Dou graças a Deus por termos conhecido a LBV! Em nome de Jesus, mais tarde eu vou fazer meu cuscuzinho e comer com o peixe. Agradeço muito à LBV e aos parceiros dela”.
Graças à sua doação, Luciana teve o que comer e pôde se sentir notada, ouvida, especial. Sentiu-se um pouco mais humana. Ao investir no nosso trabalho, você ajuda a transformar para melhor a vida de milhares de pessoas em todo o Brasil.
* A entrevista com Luciana Santana de Lima foi publicada originalmente na edição nº 266 da revista BOA VONTADE, de dezembro de 2021. Para ler outros conteúdos do nosso periódico, clique aqui.