Mulheres destacam-se no judô
Como a Escola da LBV no Rio de Janeiro contribui para o despertar de talentos no esporte.

Em um país em que poucas condições de trabalho são oferecidas às atletas mulheres, de qualquer modalidade, é um respiro ver o incentivo que ocorre no Centro Educacional José de Paiva Netto, Unidade da LBV na capital fluminense. Quem comprova isso é a promissora atleta Pietra Rocha, de 20 anos.
Esta reportagem foi publicada originalmente na revista BOA VONTADE nº 262, de agosto de 2021. Para ler mais conteúdos desta e de outras edições, clique aqui.
Pietra, que é faixa marrom, já dá aulas de judô com a supervisão do professor Sergio Euzébio, coordenador de esportes da escola da LBV. Essa ex-aluna começou na modalidade ainda pequena, com 6 anos de idade, na Escola da Instituição. Ela conta que, com bastante determinação, tem se esforçado para alcançar seus objetivos:
“Quero me tornar faixa-preta e participar de uma olimpíada. Mas, para alcançar esses sonhos, preciso batalhar todos os dias, não só dentro do tatame como fora. A gente tem que ter o psicológico bem resolvido pra conseguir passar por todas as etapas, sabendo que sempre será uma prova mais difícil do que a outra”.

Em conversa com Leide Silva Rocha, 42 anos, mãe solo de Pietra e do irmão dela, é possível entender melhor as palavras da jovem. Leide veio do Piauí há 24 anos para tentar a sorte no Rio de Janeiro/RJ, “grávida, rejeitada pelo pai do meu primeiro filho”.
Na cidade, enfrentou diversos obstáculos, mas o acolhimento na Entidade foi transformando essa jornada: “Eu trouxe a minha filha pra LBV por causa de uma depressão que ela estava tendo, e aqui ela se encontrou e começou a trajetória muito bonita no judô. Ganhando ou perdendo, sempre estava nas aulas. Hoje, é uma professora de judô com muitos títulos, medalhas. Eu e ela batalhamos sempre, vendíamos doces, sopas, fazíamos qualquer coisa pra conquistarmos o nosso espaço”.
Nessa caminhada de 14 anos, Pietra se recorda: “Eu fui a primeira menina a competir aqui dentro do colégio, e todos me apoiaram. O Sérgio, minha mãe, a escola, todos ficaram felizes. E, depois disso, muitas outras meninas vieram para a equipe e até mesmo meninos”.
Para chegar ao patamar em que está, muitas dificuldades foram superadas desde a infância, e a judoca utiliza a filosofia do desporto que abraçou de ceder para vencer e de cair para se levantar para o seu dia a dia, dentro e fora do tatame.
“Eu cresci muito na LBV. A gente sempre teve o apoio de todos, do pessoal da cozinha, dos professores, das psicólogas... Todos sempre me apoiavam e ficavam felizes e ansiosos quando eu participava de uma competição”, diz Pietra. E finaliza: “Na LBV, ensinaram-me a nunca desistir de nada. [E atualmente] eu consigo passar esse conhecimento, essa segurança, para os meus alunos, aliás, não só para eles, mas para todas as pessoas que conheço”.
A sua doação mensal permite com que a LBV continue investindo em ferramentas educacional eficazes como o esporte, lapidando e revelando talentos como o de Kamilla Cardoso, das irmãs Nyemene Gina, Iyaloo Pietra e Tulela Vitória, da própria Pietra e de tantas outras crianças e adolescentes em todo o Brasil.
Nosso profundo e sincero agradecimento a você, amiga colaboradora e amigo colaborador.
Para acompanhar outras ações sociais, siga a @LBVBrasil nas redes sociais.