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LBV oferece suporte emocional a vítimas de violência

Conheça a história de superação de Vanessa de Souza, atendida pelo programa Ser Mulher, em São Paulo/SP.

Esse é um trecho de uma reportagem publicada, originalmente, na revista BOA VONTADE nº 281, de março de 2023.


O programa Ser Mulher, da Legião da Boa Vontade, tem promovido várias ações com o público do gênero feminino a partir dos 12 anos, priorizando as que se encontram em situação de pobreza. Entre as iniciativas, o destaque para o atendimento psicoterapêutico on-line às vítimas de violência doméstica, de gênero e dos diferentes tipos de discriminação, sexismo e violação dos direitos humanos. 

A escriturária Vanessa de Souza, 41 anos, foi uma das que se beneficiaram com o programa, após pôr um ponto final em uma relação abusiva, que deixou marcas e fortes prejuízos emocionais.

Depois de 10 anos desse complicado casamento, ela relata que “a situação que me levou a, definitivamente, sair desse relacionamento foi todo um contexto, com agressão física, verbal, psicológica e brigas muito intensas. Eu tinha dois filhos e, quando me separei, descobri que estava grávida da minha caçula, hoje com 11 anos. Refleti bastante no tipo de ambiente em que eles iam crescer, porque não havia respeito, que, para mim, é a base de tudo”.

Tomar uma decisão foi difícil por diversos aspectos, Vanessa precisou buscar ajuda em uma Delegacia da Mulher e vencer “uma dependência afetiva. A gente se acostuma com a situação. É muito mais fácil conviver com o ruim que eu conheço do que enfrentar o medo do desconhecido e mesmo a cobrança das crianças pela presença do pai. Por muito tempo, fiquei num processo de entender que não cabia mais para mim [viver daquele jeito], mas era um labirinto, parecia uma areia movediça, que eu sabia que tinha de sair, mas que me puxava de volta”.

Segundo Vanessa, a demora em terminar a relação deixou marcas profundas, que a terapia oferecida pelo programa da LBV tem colaborado para ressignificar.

“Eu me culpava, porque esperei muito, não precisava ter causado todo esse sofrimento para meus filhos, para mim. Então, a terapia me ajudou muito a entender que a escolha que eu fiz [na época], estava firmada no conhecimento, nas emoções, na maturidade que tinha naquele momento e me fez olhar com mais carinho [para mim], acolher isso. Tomara que vocês [da LBV] consigam manter esse serviço para outras mulheres, porque me fez muito bem.

E conclui: “Nos últimos anos, principalmente na pandemia, houve um crescimento do número de feminicídios, de agressões físicas. Imagine as mulheres que não têm dinheiro nem para comprar comida, para comprar o básico, como podem pagar por esse tipo de atendimento? Então, é muito importante as pessoas colaborarem [com a LBV], porque esse trabalho é fundamental, é um pedido de socorro para muitas mulheres que estão precisando”.

De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e Datafolha18,6 milhões de mulheres foram agredidas no Brasil em 2022. Na luta para combater essa realidade, o nosso programa Ser Mulher veio para oferecer amparo e orientação em um momento tão delicado quanto esse.

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Buscamos oportunizar às vítimas apoio emocional, autoconhecimento e melhora da autoestima, ajudando-lhes com o enfrentamento e o rompimento do ciclo de violência, a ressignificação de vivências e estímulo ao desenvolvimento e ao empoderamento.

É claro que tudo isso só é possível graças a todos que nos ajudam a manter o nosso trabalho humanitário. Graças a vocês, conseguimos alcançar cada vez mais vidas. Por isso, agradecemos por acreditarem na transformação que somos capazes de realizar no mundo quando nos juntamos para ajudar outras pessoas!

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