"Esse alimento da LBV é um reforço"
Na pandemia do novo coronavírus, milhares de mães guerreiras deste Brasil gigantesco são acolhidas pela LBV.
Na pandemia do novo coronavírus, milhares de mães guerreiras deste Brasil gigantesco são acolhidas pela LBV.

No território Kalunga, o maior quilombo reconhecido do país, localizado em Cavalcanti/GO, nossos voluntários entregaram cinco toneladas de doações (entre cestas de alimentos e kits de higiene e de limpeza), com todos os cuidados de distanciamento social, a famílias em situação de extrema pobreza nas comunidades Engenho II, Vão do Moleque, Prata e Vão de Almas.
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Lá, várias histórias comoveram a equipe, como a de dona Dirani Francisco Maia, 55 anos. Nascida e criada na região de Vão das Almas, uma mulher orgulhosa do seu trabalho e pela forma como sua comunidade mantém tradições seculares: danças, técnicas para produção de alimentos orgânicos, rezas, artesanatos, enfim, toda uma cultura transmitida, de geração para geração, pelos ancestrais africanos escravizados e fugidos das minas de ouro do Brasil central, que ali se fixaram há mais de 200 anos.

Matriarca de família numerosa, na residência simples de chão batido, Dirani, ao lado do esposo que cultiva a roça, multiplica-se para cuidar do pai idoso, de 7 filhos biológicos, de 5 sobrinhos, que acolheu após o falecimento de uma irmã, e de netos. Ela é uma das mães que receberam o apoio da Entidade. Emocionada, declarou:
“Eu agradeço demais à LBV por tudo, a Deus por ter trazido vocês aqui, e a gente recebe de braços abertos. Agradeço a Boa Vontade das pessoas que estão ajudando a gente, que mandaram esse alimento. Numa casa dessa aqui, cheia de crianças, ao todo, com meu pai, meu marido e meus netos, somos 17 pessoas, esse alimento da LBV é um reforço, pois está tudo muito caro, e não estamos conseguindo vender nada”.
Em razão da pandemia do novo coronavírus, as vendas do grupo de mulheres liderado por Dirani e mais duas outras Kalungas tiveram de parar totalmente. Elas viajavam, pelo menos uma vez ao mês, para três cidades próximas dali a fim de oferecer à população desses municípios as suas peças artesanais e os alimentos orgânicos produzidos na comunidade, entre os quais tapetes de retalhos, a famosa pimenta-de-macaco e óleos de coco e de pequi.
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Por isso, neste momento, a presença da Legião da Boa Vontade nessas localidades é muito importante para essas famílias. “Isso é uma bênção de Deus, pois é difícil chegar alguma coisa aqui. A gente vendia farinha, mas agora não tem como fazer isso... Está uma luta pesada para nós. Que Deus abençoe a todos vocês da LBV!”, relatou Tereza Pereira das Virgens, de 61 anos, que cuida de seis filhos e nove netos.

A sua doação mensal é fundamental para que possamos auxiliar, de maneira ininterrupta, quem mais necessita neste difícil momento.
E toda ajuda a mais é bem-vinda para que outras famílias recebam o mesmo apoio.