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Crianças da LBV falam sobre o bullying e como evitá-lo

Elas participaram de um projeto educativo propondo mudanças de atitude

Montes Claros, MG“Bullying: Nunca mais!”. Com este tema, a Legião da Boa Vontade desenvolveu — com base na Pedagogia do Afeto e na Pedagogia do Cidadão Ecumênico* — um projeto educativo com as crianças e adolescentes atendidos propondo a elas refletirem e colocarem em prática mudanças de atitudes.

Azeli Rita de Sá

Na conclusão das atividades sobre bullying, as crianças mostram cartazes com as palaras em destaque: "Nós respeitamos as diferenças".

Elas participaram de uma bate-papo sobre a existência, causas, consequências do bullying e como evitá-lo, além de refletir sobre a importância das diferenças individuais, de uma boa convivência, ressaltando valores como o respeito, o amor, o companheirismo, a cidadania, a fim de alcançar a integração e a socialização em grupo.

O bullying consiste em atitudes agressivas — verbais ou físicas — que ocorrem de forma repetitiva e produzem sérias consequências emocionais, psicológicas e físicas. Atualmente, existe até o bullying cibernético, que é praticado na internet.  

Segundo a educadora social da LBV Adézia Ribeiro Tolentino, “é importante trabalhar esse tema com as crianças e adolescentes porque é um fenômeno vivenciado no cotidiano deles e eles refletiram sobre o respeito as diferenças e a solidariedade”.

A iniciativa contou com a parceria entre a LBV e a Faculdade de Saúde Ibituruna (FASI), e foi trabalhada na Oficina de Cidadania Ecumênica oportunizando aos atendidos participação na produção de texto, roda de conversa, pesquisas, apresentações teatral e musical, confecção de cartazes, pinturas, desenhos, além de assistirem a filmes e documentários sobre bullying.

Azeli Rita de Sá

Elas também participaram de rodas de conversa e propuseram ações eficazes contra o bullying

“Trabalhamos a expressão de sentimentos, conhecer o que está sentindo e se colocar no lugar do outro. Assim, passo a respeitar o outro. Elas propuseram a questão do teatro e o mais importante é que todas as crianças se envolveram, tomaram parte neste processo que eles vivem”, pontuou a psicóloga Juliana Caldeira de Pádua, professora da FASI, que acompanhou os acadêmicos do 6º período de psicologia em diversas atividades realizadas com os atendidos pela LBV nesse semestre.

E os atendidos? O que disseram? “Aprendi que é muito importante respeitar as pessoas com as suas diferenças porque ninguém é perfeito”, afirmou Melriene Vitória, 11 anos. Tainá Emanuelle, também de 11 anos, disse: “Eu gostei muito de participar do teatro porque na peça mostrou que temos que evitar o bullying, respeitando as diferenças sempre, sempre”. É isso mesmo, meninas!

Sobre o trabalho que a LBV desenvolve em suas unidades de atendimento, afirmou a psicóloga: “A proposta que vocês têm de trabalhar a cidadania é muito bacana, condiz muito com algumas perspectivas que nós temos. Agradecemos essa parceria e espero que se perpetue porque gera aprendizado para os acadêmicos e a gente ajuda a responder as estas demandas que surgem”.

Na LBV, este tema e outros que envolvem o universo das crianças e dos adolescentes atendidos são tratados de forma educativa e conta com a participação de parceiros e profissionais capacitados. O objetivo é oferecer um espaço delas, onde elas possam expressar suas ideias e propor mudanças para melhor. Tudo isso com base na Pedagogia do Afeto e na Pedagogia do Cidadão Ecumênico, que trabalham bons valores unindo cérebro e coração.

O Centro Comunitário de Assistência Social da Legião da Boa Vontade em Montes Claros, MG, está localizado na Rua Germano Gonçalves, 601 – São José. Para outras informações, ligue: (38) 3221 - 0636 ou acesse o site: www.lbv.org.br

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*Pedagogia do Afeto e Pedagogia do Cidadão Ecumênico: linha educacional criada pelo educador Paiva Netto, diretor-presidente da LBV.