Como prevenir doenças sexualmente transmissíveis na terceira idade?
Este foi o tema de palestra educativa ministrada aos atendidos no programa Vida Plena, da LBV.
Segundo dados do Ministério da Saúde, a Aids atinge 0,4% da população brasileira, ou seja, cerca de 734 mil pessoas. Deste total, 145 mil ainda não sabem que têm o vírus HIV. A presença de Aids na terceira idade aumentou 80% nos últimos 12 anos. Um estudo publicado na revista Brazilian Journal of Infectious Diseases assinala que a mortalidade por Aids entre idosos é 15% maior do que entre os jovens. Na maioria dos casos, a desinformação foi responsável pelo idoso ter adquirido a doença*.

Idosos atendidos pela LBV acompanham palestra educativa sobre prevenção de DST
Pensando na saúde e no bem-estar de seus atendidos, a Legião da Boa Vontade, em parceria com o Curso de Enfermagem da Universidade Anhanguera, do Município Gonçalense, promoveu na tarde de quarta-feira, 15 de junho, uma palestra informativa e preventiva sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis, destinada às pessoas atendidas pela Instituição dentro do programa Vida Plena.
A LBV trabalha para que o idoso e o público em geral aprendam a envelhecer mantendo a qualidade de vida e zelando pela sua saúde, de forma preventiva. Além disso, sempre coloca à frente de suas ações o respeito e amor ao próximo para orientar e acompanhar aqueles que enfrentam qualquer tipo de desafio, seja na área da saúde ou em qualquer outro aspecto.
A supervisora dos estagiários do Curso de Enfermagem, da Universidade da Anhanguera, Jaci Galo, falou dessa parceria com a LBV: “É um prazer enorme vir aqui participar dessas palestras. O meu objetivo maior é ajudar a comunidade, esclarecer tantas doenças, de forma positiva. A LBV tem aberto esse espaço, é válido para a gente e também para os meus alunos acadêmicos para promoção da saúde. Como professora, eu só tenho a agradecer, é um prazer trabalhar com vocês, estou aqui para somar”, disse.
A aposentada Maria Teresinha Corrêa de Barros foi uma das idosas que participaram da palestra e faz parte do programa Vida Plena. “Achei muito importante, porque muita coisa eu não sabia. Tenho netos, tenho parentes e posso alertá-los se forem fazer perguntas”.
Segundo a acadêmica de enfermagem Mara Rodrigues da Silva, “a LBV abrindo esse espaço é o conhecer do ser humano, a troca de experiência, a gente aprende muito com as pessoas que já têm mais idade, faz uma troca de informações muito perfeita. Esse espaço, para a gente que é acadêmico, é o saber, é o entender e o cuidar do ser humano”.
Outro jovem da melhor idade, Altamir Soares destacou a importância da palestra. “Nós tivemos uma palestra muito importante hoje. Tomei conhecimento de muitas coisas que desconhecia, aprendi como me prevenir e passar informações para a família, meus filhos, netos e colegas”.
A estagiária de enfermagem Nathani Muniz destaca a quebra de tabus, ao palestrar na LBV sobre DST e HIV/AIDS: “A abertura da LBV para a gente palestrar foi muito importante, porque é a promoção da saúde e também a quebra de vários tabus. Muitas pessoas têm dificuldade de palestrar com os idosos. E de uma forma interativa com eles, a gente acaba quebrando vários tabus, mostrando a realidade das doenças e as formas de prevenção”, destacou.
Em seu artigo Aids — o vírus do preconceito agride mais que a doença, o jornalista e escritor Paiva Netto, também dirigente da LBV, alerta para o olhar solidário e humano para aqueles que enfrentam este desafio. “(...) Nossos Irmãos que padecem com o vírus HIV e os que sofrem de outros males físicos, mentais ou espirituais precisam, em primeiro lugar, de Amor Fraterno, aliado ao socorro médico devido. Se a pessoa se sentir humana e espiritualmente amparada, criará uma espécie de resistência interior muito forte, que a auxiliará na recuperação ou na paciência diante da dor. Costumo afirmar que o vírus do preconceito agride mais que a doença (...)”.
A palestra aconteceu no Centro Comunitário de Assistência Social da LBV em São Gonçalo, região metropolitana do RJ, localizado a Rua Cel. Moreira César, 160 – bairro Zé Garoto. Informações pelo telefone (21) 2605-6359.
*Fonte: Programa Nacional DST/Aids – Ministério da Saúde
Colaboração: Eliane Pereira Cunha